Sobre uma velha máquina de escrever e o apego às coisas materiais…

Na casa dos meus avós maternos tinha uma máquina de escrever pela qual eu era apaixonada desde criança (sim; eu sempre tive uma queda por coisas antigas). Essa máquina foi um presente do meu avô para minha mãe quando ela fez 15 anos mas minha avó não deixou que ela levasse quando se casou com meu pai.

A máquina ficou guardada no guarda-roupas por anos.

Certo dia, quando decidi fazer meu Instagram voltado para leitura, eu peguei a máquina no guarda-roupas para fazer umas fotos e falei : “vó a senhora podia me dar esta máquina, hein!”

Essa frase soou como uma declaração de guerra!

A dona Izabel virou uma fera! Brigou comigo; disse que eu queria pegar tudo o que era dela ( pois meu avô já tinha me dado uma televisão antiga que estava “jogada” no terraço), me disse coisas absurdas e eu acabei indo embora extremamente aborrecida com aquela reação desnecessária!

Minha avó era assim; era o jeito dela. Possuía uma estante com lindas taças e jogos de chá que jamais utilizou.

No fim do ano passado ela adoeceu e depois de meses de sofrimento, veio a falecer.

Na semana seguinte, fui visitar o meu avô e a primeira coisa que ele me disse foi: “pode levar a sua máquina de escrever.”

Eu recusei mas a minha mãe foi no guarda roupas e pegou a tal máquina que, de fato era dela, e me deu.

Agora ela está num lugar de destaque na minha sala (que está quase virando um museu de antiguidades) e vai ser muito utilizada nas fotos do meu insta @suemarinho (sigam por favor).

Mas a grande moral desta história é sobre o apego às coisas materiais. Do que adianta brigar tanto por “coisas” sendo que um dia partiremos deste mundo sem levar nada?

Eu queria olhar para essa máquina ter boas memórias afetivas mas a lembrança que ela vai me proporcionar será, na verdade uma lição de vida.

Rim por Rim : Uma reportagem sobre o tráfico de órgãos

O livro de Júlio Ludemir narra a história real de dezenas de trabalhadores pobres de Recife, que enxergaram a venda de seu rim como uma oportunidade de sair da miséria.

No início dos anos 2000, a quadrilha gerenciada pelo ex policial israelense Gedalya Tauber e pelo ex policial brasileiro conhecido como capitão Ivan, recrutavam na periferia recifense pessoas dispostas a vender um de seus rins por uma quantia de dinheiro significativa para época. Os “doadores” viajavam até a África do Sul, onde passavam pela cirurgia e chegavam receber até 6 mil reais pelo rim que era geralmente transplantado para um paciente israelense. Todo custo era pago pelo sistema de saúde de Israel através de empresas de seguro de saúde, o que trouxe grandes embaraços para o governo israelense por “fazer vista grossa” à forma como os transplantes eram realizados.

A atividade começou a ser investigada após a denúncia de um casal que foi aliciado pela quadrilha mas teve medo de seguir adiante com a venda de seus rins.

As investigações começaram com um certo descrédito, já que havia uma lenda urbana muito popular no Recife sobre crianças que tinham seus órgãos arrancados se desobedecessem seus pais, ainda assim, a delegada responsável pela região decidiu investigar desencadeando o desmantelamento da quadrilha que agia em nível global e tinha planos de começar a realizar os transplantes ilegais no Brasil, já estando em fase de contato com renomados médicos e hospitais.

Além da narrativa dos fatos o livro traz as histórias de vida tanto dos membros da quadrilha, quanto dos “vendedores” de órgãos e também nos mostra, através do trabalho da antropóloga americana Nancy Scheper- Hughes, que o tráfico de órgãos movimenta um mercado bilionário em todo o mundo.

A minha jaqueta de brechó

O outono mal chegou e já trouxe consigo um vento gelado que me fez tirar minha jaqueta do armário.

Vesti a jaqueta e segui minha corrida rotina diária até que me lembrei que esta não é uma jaqueta qualquer.

Esta jaqueta, que agora me protege do vento frio, outrora protegeu a alguém que não conheci.

Foi comprada num brechó de Camden Town, em Londres, por 10 libras, em 2019.

Quase sempre quando eu a visto me lembro daquela viagem que foi, além de um sonho impossível realizado, um recomeço, um impulso, um memorial para que eu não me esqueça que posso conquistar qualquer coisa que dependa exclusivamente do meu esforço e dedicação.

Mas hoje eu tive um pensamento maluco: eu me peguei pensando em seu antigo dono. Seria um homem? Uma mulher? Um jovem ou alguém mais velho? Estaria essa pessoa viva ou já teria morrido? Por quanto tempo ela serviu a quem a comprou? Essa pessoa também realizou seus sonhos ?

Tem gente que acredita que as roupas carregam a energia de quem a possuiu; eu não acredito nisso mas espero que a energia do antigo dono seja boa (só pra garantir).

Como eu já disse, este é um pensamento idiota mas eu resolvi registrá-lo mesmo assim porque me fez refletir sobre histórias que se cruzam sem jamais se encontrar e vidas que se esbarram sem jamais se conhecer.

Resenha literária: “A Espiã”, de Paulo Coelho

“A espiã” foi baseado na história real de Mata Hari (que na verdade se chamava Margaretha Geertruida Zelle), a mulher mais desejada de Paris no início do século XX.

Margaretha nasceu na Holanda e ainda na adolescência foi abusada sexualmente pelo diretor da escola onde estudava, o que fez com que sua relação com o amor e o sexo se transformassem muito cedo.

Cansada de sua vida monótona, respondeu a um anúncio de jornal onde o do capitão Rudolf MacLeod, um militar 20 anos mais velho do que ela, procurava por uma esposa. Após de uma breve comunicação por correspondência, se casaram e se mudaram para Java, para onde o capitão havia sido destinado. A partir daí sua vida se tornou ainda pior, já que o marido a violentava física e psicologicamente. Após a morte de seu segundo filho e depois de ver a esposa de outro militar se matar em sua frente, Margaretha decide mudar de vida e foge para a França, onde começou a se apresentar como bailarina de danças folclóricas (que na verdade eram inventadas por ela) adotando o nome da amiga suicida: Mata Hari.

Após alguns anos de imenso sucesso, Mata que envelhecia e ganhava peso, perdia espaço para outras bailarinas mais jovens que a imitavam, ainda assim ela continuou tendo casos amorosos com diversos homens poderosos, o que garantia seu estilo de vida requintado.

Ao estourar a primeira guerra mundial, estando na Alemanha para possíveis apresentações, ela foi recrutada para ser espiã e aceitou o convite por uma substancial quantia de dinheiro, porém, ao retornar para a França se apresentou ao chefe do gabinete de guerra se oferecendo para ser espiã em favor da França, o que foi o seu erro fatal pois acabou atraindo o ódio das duas partes, já que não fazia de fato o seu trabalho e ambos os países a tiveram como traidora.

Foi presa e condenada à execução na França, praticamente sem provas mas sua vida, baseada em mentiras, acabou depondo contra ela. Abandonada por todos o amigos e amantes influentes, foi morta por um pelotão de fuzilamento em 15 de outubro de 1917.

Resenha “ O silêncio das Montanhas”

O silêncio das montanhas, de Khaled Hosseini, é um livro empolgante e emocionante. Eu, particularmente já comecei a chorar nas primeiras páginas!

Ao contar a história de uma pobre família afegã, o autor passeia pelo tempo incluindo novas histórias e personagens enriquecendo o enredo do livro, que gira basicamente em torno da vida dos irmãos Pari e Abdullah.

Pari, perdeu sua mãe logo que nasceu e Abdullah, seu irmão mais velho, foi quem cuidou dela com muito amor e devoção. Diante da vida miserável que a família levava, Nabi, irmão de sua madrasta, convenceu seu pai Saboor a vender Pari ao casal rico para quem trabalhava em Kabul. A mulher, uma poetisa belíssima e rebelde chamada Nila Waidathi (não me lembro exatamente da escrita e já devolvi o livro), que não podia ter filhos e vivia um casamento de fachada já que seu marido escondia uma paixão por Nabi, encontra em Pari um novo sentido para sua vida. Após um derrame sofrido pelo marido, Nila foge com a filha para Paris e a pequena cresce sem nenhum contato com sua família verdadeira, o que a faz esquecer completamente de sua existência, ainda assim, mesmo sem lembranças concretas, ela mantém um estranho sentimento de vazio e saudade que a acompanham por toda sua vida.

Logo após a fuga das duas, o Afeganistão é tomado pelo Talibã que impõe uma rotina de terror e destruição ao país. Enquanto isso, em Paris, a relação de Pari com Nila se torna conturbada. Pari se forma em matemática e se torna uma respeitada professora e mãe de três filhos.

Após muitos anos de guerra no Afeganistão,com a chegada das forças de paz Nabi, o responsável pela venda de Pari, aluga a casa de seus antigos patrões para um cirurgião grego de quem se torna amigo e conta toda a história através de uma carta quando percebe que sua morte se aproxima. O cirurgião Markos Varvais, se emprenha em encontrar Pari e levá-la de volta ao seu país pois era a herdeira da mansão aonde ele morava.

Enquanto a vida de Pari se desenrolava na França, Abdullah se muda para os EUA onde abre um restaurante com sua esposa. Ele tem uma filha a quem da o mesmo nome da irmã e faz saber de todo o sofrimento que ele sente por toda sua vida depois de sua perda.

Após a morte da mãe e da doença do pai, Pari, começa uma busca incansável pela tia e consegue encontra-lá com ajuda da internet promovendo um reencontro entre ela e seu pai porém ele já está doente e com Alzheimer e não se lembra de mais nada.

Pari, a irmã, mesmo tendo conhecimento de que Abdullah não a reconhece, finalmente encontra a paz que sua alma buscou por toda vida e Pari, sua sobrinha, também se sente mais completa pois encontra uma família com seu sangue e se sente menos sozinha no mundo já que era filha única e já tinha perdido a mãe e em breve não teria mais o pai.

Resenha literária: A Filha do Reverendo – George Orwell

Dorothy é a única filha de um pastor viúvo e mal humorado, de uma pequena paróquia anglicana no interior da Inglaterra. A jovem vive integralmente para cuidar de seu pai e das necessidades da paróquia e dos fiéis. Após mais um dia exaustivo, Dorothy se dedica durante a noite à preparação de figurinos para o próximo teatro das crianças e sofre um apagão. Ela acorda em Londres, completamente sem memória, com pouco dinheiro no bolso e não faz ideia de quem seja ou como foi parar ali.

Ela é encontrada por um pequeno grupo de andarilhos em busca de trabalho e segue com eles em uma viagem extremamente desgastante rumos a fazendas de lúpulo. No percurso feito a pé eles roubam comida, dormem ao relento, passam frio e fome até, finalmente, encontrar uma fazenda que aceita emprega-los. Embora a situação na fazenda seja deplorável, ela ao menos consegue se alimentar. Um belo dia, ao encontrar um jornal falando do desaparecimento da “filha do reverendo”, ela recupera sua memória e percebe que foi vítima de uma mentira contada pela maior fofoqueira da cidade que alega tê-la visto fugindo com um homem. Dorothy escreve ao seu pai contando o que aconteceu e explicando sua atual situação mas não tem nenhum retorno. Sendo assim, quando acabam os trabalhos na fazenda ela vai sozinha para Londres e tenta,em vão, conseguir um emprego. Após tentativas frustradas, seu dinheiro acaba e ela precisa deixar a miserável pensão onde dormia e morar nas ruas , onde vivencia os piores momentos de sua vida sendo, inclusive, presa por pedir esmolas. Na prisão Dorothy encontra um certo alívio ao receber comida e ter um local melhor do que a rua para dormir. Nesse momento um primo distante, que havia recebido de seu pai um pedido para ajudá-la oferece abrigo em sua casa, mesmo tratando-a com indiferença, e a ajuda a encontrar um emprego como professora numa escola de meninas. A vida de Dorothy não se torna mais fácil na escola. Trabalhando sob difíceis condições, ela se dedica ao máximo mas é demitida por sua patroa exploradora ao fim do ano letivo, o que a faz pensar que terá que voltar para as ruas. Porém, o homem acusado de ter fugido com ela consegue encontrá-la e informar que a fofoqueira havia sido desmascarada e fugido da cidade, sendo assim, ele leva Dorothy de volta para casa e durante o percurso, propõe que ela se case com ele. Dorothy, que tem pavor de pensar em relações sexuais, rejeita a proposta. Ela prefere voltar à sua antiga vida e, mesmo tendo perdido sua fé, se dedica exaustivamente à obra da igreja pois essa é a única vida que ela entende que seja boa para ela.

Parque Municipal dois Irmãos

Você conhece o Parque Municipal Dois Irmãos, no Rio de Janeiro ? Se não conhece, trate de colocar na sua lista de lugares que precisam ser visitados. Esse lugar maravilhoso fica numa das áreas mais nobres do Rio de Janeiro: o Leblon mas você não vai precisar gastar nadinha para conhece-lo, já que a entrada é gratuita.

O parque é muito bem estruturado e possui vistas incríveis da Cidade Maravilhosa. Existem vários mirantes de onde é possível contemplar a beleza singular do Rio de Janeiro através de diferentes ângulos. Logo que você chega já é recepcionado por uma linda vista para o mar que pode ser acessada por uma escada que desce rumo ao primeiro mirante. Nesse espaço há uma placa de vidro em memória dos passageiros do voo Air France 447 que saiu do Rio de Janeiro com destino a Paris mas nunca chegou ao seu destino.

Caso você vá de carro, pode deixá-lo na entrada e fazer uma trilha até a parte alta mas você também tem a opção de subir de carro se o parque não estiver muito cheio.

Eu preferia ter subido à pé mas minhas amigas não quiseram, já que o guarda disse que era uma subida puxada.

Nesse segundo ponto existe uma área bem legal, uma estrutura de parque mesmo onde havia várias pessoas sentadas na grama e em bancos bem estilosos. Essa área possui um deck não muito conservado que, inclusive, estava “lacrado” com fitas (acredito eu que seja pelo risco da madeira quebrar). Mesmo sem o deck conseguimos encontrar um ângulo bem legal que pegava toda a orla. Nosso rolê pelo parque acabou sendo rápido porque chegamos tarde e já estávamos com muita fome (pra variar) mas a minha dica é que você vá com tempo, se possível leve um livro ou simplesmente se permita ficar a toa curtindo a vibe boa do lugar.

Como visitar o Cristo Redentor pagando pouco!

E a dica de hoje vai pra você que ainda não visitou o Cristo Redentor ou que pretende voltar no ponto turístico mais famoso do Brasil.

O monumento fica no Alto da Boa Vista, dentro do Parque Nacional da Tijuca.

Como lá não tem estacionamento, deixamos o carro no Bairro das Laranjeiras e subimos de uber pois optamos por ir de van, já que estava menos da metade do preço do trem: apenas 28,00 para moradores do Estado do Rio.

Existem 3 opções de lugares para pegar a van : Copacabana, Largo do Machado e Parque Paineiras do Corcovado, sendo este último no valor de 28,00. O ingresso pode ser comprado no site paineirascorcovado.com.br

Para vocês terem ideia, o ingresso do Trem do Corcovado, estava saindo por 70,00 então valeu a economia, né.

Basicamente a diferença de ir de trem é que você vai por dentro da mata. É um passeio legal, com uma vista bonita dessa floresta tão importante para o Rio de Janeiro mas a subida pela estrada também tem sua beleza.

A van nos deixou na entrada da base do monumento que pode ser acessado por escada comum ou elevador (tem uma escada rolante mais pra perto da estátua também). É claro que subindo as escadas você terá lindas vistas da cidade maravilhosa de vários ângulos diferentes.

Agora, sem sombra de dúvidas, o auge mesmo é chegar aos pés do Cristo; o monumento é realmente incrível. O grande problema é conseguir tirar uma foto decente, já que está sempre lotado. Quando fui em 2018 decidimos pagar um fotógrafo pois eles têm todo um esquema pra pegar o melhor ângulo; dessa vez não sei se tinha este serviço pois não vi ninguém oferecendo.

E por falar em estar lotado, eu achava que, em plena pandemia, deveria ter uma organização melhor, limitando a quantidade de pessoas e o tempo de permanência. Confesso que fiquei agoniada no meio daquela aglomeração pois não imaginava que estaria tão cheio.

Uma coisa bem triste é que os restaurantes que funcionavam lá acabaram fechando por conta da pandemia, então o rolê lá em cima vai ser basicamente pra olhar a paisagem (por favor, tirem uns minutinhos pra contemplar a vista maravilhosa)e tentar encontrar um bom ângulo pra tirar fotos, o que é uma tarefa bastante difícil! Mesmo assim, esse é um daqueles rolês que todo brasileiro precisa fazer. Definitivamente o Cristo Redentor é um monumento incrível que enche o peito de orgulho em dizer que é o cartão postal do meu país.

Ilha da Gigóia, a Veneza Carioca

Nesse fim de semana tive a oportunidade de conhecer a ilha da Gigóia, um recanto charmoso escondido na Barra da Tijuca.

Também conhecida como Veneza carioca, a ilha está repleta de bares e restaurantes para todos os gostos e bolsos.

Nosso acesso foi entre o posto shell e o Barra Point shopping( não sei se tem outro acesso), aliás, deixamos o carro no estacionamento do shopping pois não tem lugar para estacionar próximo à ilha.

Existem vários barcos que fazem a travessia durante todo dia e os valores variam de acordo com o local de parada. Como fomos ao Deck Bar pagamos R$6,00 na ida e R$5,00 na volta, em barcos diferentes.

Embora eu tenha achado o passeio de barco curto(menos de 10 minutos), o lugar é bastante bonito, todo cercado pela mata Atlântica.

Sobre o “Deck Bar”, ouvi dizer que é o melhor bar da ilha mas não achei as porções nada generosas. Pedimos uma porção de contra filé com fritas e a carne estava com pedaços muito grandes e sem sabor. A porção de gurjão de frango estava gostosa e a de batata com calabresa quase não tinha calabresa, então pra mim, nesse quesito não valeu à pena mas o bar é super animado e estava lotado!

Por fim, “desembarcamos” nos fundos do shopping e tiramos umas fotos bonitinhas no mini deck.

Confesso que esperava mais mas ainda assim, foi um rolê diferente que valeu a pena e indico a todos que gostam de descobrir novos lugares.

Viajar sozinho pode ser melhor do que parece.

Você já deixou de fazer alguma viagem por medo de viajar sozinho?

Fiz essa pergunta no meu Instagram e a resposta foi surpreendente! Muitas pessoas deixam de viajar por falta de companhia.

Eu mesma já fui assim. Só venci esse medo em 2019 quando percebi que, para realizar o meu sonho de fazer um intercâmbio em Londres, eu teria que ir sozinha.

Confesso que viajar sozinha nunca é minha primeira opção. Eu sempre tento encontrar algum amigo para viajar comigo mas essa tarefa não é tão simples quanto parece.

Além da disponibilidade de datas, você precisa de alguém que queira ir para o mesmo destino e, se você tem um destino fixo em mente e seu amigo tem outro, começa aí o primeiro impasse.

Sem contar que não é qualquer pessoa que pode ser um bom companheiro de viagem. Imagina só, viajar com alguém que tem uma vibe totalmente diferente da sua!

Isso também pode ser uma boa motivação para viajar sozinho, porque dependendo da companhia, a viagem pode ser bem estressante. Vai por mim, eu sei do que estou falando!

Este ano eu também tentei encontrar alguém para viajar comigo nas férias mas não rolou e como eu já tinha deixado de viajar ano passado devido à pandemia, não queria perder mais um ano presa em casa. Então eu decidi que, mais uma vez, eu teria que ir sozinha e os destinos escolhidos foram Curitiba e Foz do Iguaçu (é claro que farei outros posts pra falar de cada um).

Minha experiência nesta viagem, foi completamente diferente da viagem de Londres pois lá eu conheci a Elen, que era minha companheira de quarto e foi a melhor parceira de viagem que eu poderia ter encontrado na vida mas dessa vez eu estava completamente sozinha e posso falar uma coisa? Foi uma experiência libertadora!

Eu percebi que mesmo sozinha dá pra se fazer uma viagem legal. Eu fui em todos os lugares que planejei, fiz tudo no meu tempo, do meu jeito, de acordo com o dinheiro que eu tinha e passei meus perrengues sem ninguém reclamando na minha cabeça.

É claro que é ótimo ter com quem conversar e alguém para bater suas fotos mas não são esses meros detalhes que farão sua viagem ser horrível. Eu comprei um tripé que me atendeu bem em relação às fotos e como eu postava muita coisa nas minhas redes sociais eu tava sempre interagindo com o pessoal que estava me acompanhando de longe e acho que isso também contribuiu um pouco pra eu não me sentir totalmente só.

Agora que eu já te provei que viajar sozinho não é esse bicho de sete cabeças, deixa eu te dar algumas dicas:

A escolha do destino é um dos fatores mais importantes, especialmente para nós mulheres, pois há lugares que são mais perigosos de ir sozinha, então é sempre bom dar uma pesquisada se o lugar que você quer ir é tranquilo para uma viagem independente ou se vale à pena contratar uma agência de viagens, por exemplo.

Antes de fechar com um hotel, dê uma pesquisada na localização; prefira lugares mais seguros e movimentados. O mesmo vale para as agências de turismo, caso você feche algum pacote no local e obviamente procure saber o mesmo sobre os pontos turísticos que você for visitar: quais os melhores horários, se tem histórico de assaltos etc.

Também recomendo uma boa comunicação com a sua família para o caso de acontecer algum imprevisto. No meu caso eu deixei com meu pai todos os detalhes dos vôos e conexões, os nomes do hotéis e datas de check in e check out, além de compartilhar minha localização em tempo real.

Acredito que se você seguir essas dicas sua viagem tem tudo para ser incrível!

E para finalizar este post, quero encorajar você que sempre quis viajar, a se permitir viver essa experiência.

Viajar é o melhor presente que você pode dar a si mesmo e por que não aproveitar esse momento para curtir e apreciar sua própria companhia ?